26.10.12

e que o amor era de novo triste, a descoberta do inferno receptivo da euforia velada, velada por? velada pelas madrugadas cheias de um vazio intenso, as vezes preenchido, mas sempre uma sensação de vazio, e. quando me cobrias, cheia de volúpias, eu no fundo de mim às vezes pensava por um mim que não pensava, ser o avesso do asco, um asco assim, não sei, uma asco desejo de encobrir-se. deixa-me ser coberta? deixa-me ser cobertor? eu posso, eu sei, esconder-me. nenhuma cabana, nunca foi, nunca será, nenhuma cabana, esconderijo suficiente. e quem dirá que esse amor é menos? é menor? não era essa a intenção? viver menos, viver menos até sumir? por que então esse desejo intenso de subir e ser mais, e ser mais? que queres de mim? eu te pergunto calada e calada prossigo, que na cabana escura das horas sem fim é meu silêncio que propaga a garganta escondida. escondida que está, de mim. mas quando menos espero te acho, e não serás, e nunca serás, coberta por mim.

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