22.10.09

Hello, stranger!

Te desejo subterraneamente
Algum olho meu que não posso ver
Te enxerga no dentro
Não lembro
Mãos minhas que não sinto
Te tocam
Esse você que foge quando está do meu lado.
Ventos de outras terras abrem meu caminho até você
E o seu pra onde quiseres...
Me perco
No você de barro
Criado pelos meus olhos e mãos que tocam.
Me perco
Nas minhas mãos, olhos e ventos
Em você
Enquanto sonho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca ninguem pôde me entender
alguns já chegaram perto
e logo corri
senti aquele gelo na espinha
de fato, não fui criado para ser poeta

sinto como se vivesse em vácuo
isolado dos termos, uma matemática
sem complemento, um grito sem apelo
uma casca sem forma.
ah, que saco! vou deixar isso sem complemento.
(acho que já falei disso e você já entendeu.)

uma vez você me tocou, senti aquele gelo
mas não foi por conta de nenhuma palavra
menos ainda de compreensão
aquele vazio por um curto momento foi alento
e a vontade de te devorar me causou alucinação
que droga potente, ãh? sonhei em pleno clarão!

mas me contive,
afinal furar olhos nunca foi comigo,
e pensei também que você pudesse ter medo
a minha "besta fera" geralmente causa medo

mas enquanto não devoro a vida, os dias me devoram
e só de birra faço troça
e tudo passa assim,
chutando latinha com as mãos no bolso
acho que não sairei do zero
como as eternas memórias de brás cubas.
Que pena, eu queria ser louco também!

olhando denovo aquele dia
vejo que o entendimento não surgiu de um monte de palavras,
veleidades da compreensão humana,

um simples toque e uma fusão,
isso sim é imunização racional
quem tem isso não precisa de nada
muito menos de alguma ilusão
(palavras, mochilas, cadernos, diplomas e papel higiênico. só serve a quem se

serve...)

Pensando bem aquele dia, agora entendo melhor,
é só fechar os olhos que fica tudo claro.
(e mesmo assim eu sempre me justificando)

agora quanto a minha forma
ela não vale um tento
meu coração talvez meu único alento
e te devorar minha oração
nem que sejam estas simples palavras
que surgem de tua inspiração.


"palavras apenas, palavras pequenas",
talvez estas minhas palavras tenham sido as mais sofríveis
mero reflexo da angústia de quem as escreve
(você sempre entende)

mas de fato espero que elas atravessem a barreira desta tela
e caia em cheio no teu colo
fazendo jus à minha oração.
e com isso vai o meu carinho.
vamos dormir, mas "cuidado" com os sonhos.
(mais uma tola ironia, a ironia é a última
arma dos que estão em desespero)

mas fiquemos assim, boa noite e um beijo.