27.11.09

Você, cavalo de fogo
Deixou seu rastro no meu lugar de formar lágrimas
Você ameaçou vôo
Você criou asas

Você sentado, fumando
Bonito, calmo, uma respiração
Podia ter durado, podia
Sua mão esbarrando a minha
No caminho das manhãs atrapalhadas

"Dói, mais quinze minutos
Que passe logo, nada demais.
Bobagem, é, nada demais."

Quando não espero
Você alçou vôo
Você bateu asas
Você deixou vazio o espaço que há pouco nem existia.
Quando não espero, me vejo besta
Quando não espero é quando espero.
Ardendo bem no meu lugar de nascer lágrimas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quantos voos pela vida? Chegadas e partidas, fixo apenas as feridas.