4.9.09

O amor mata.
Traz junto consigo a semente de seu próprio fim.
Carinho demais, atenção demais, verdade demais, presença demais, doação demais, sorriso demais, alegria demais, afinidade demais.
Mata.
Vai corroendo por dentro e quando se vê, só sobraram as beiradas.
Mata, mata, mata.
O amor.
E quando se vê não sobrou quase nada.
A não ser a sensação, quase de sonho, de que antes havia alguma coisa ali.

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