O trem vem vindo, o sabemos antes de virar a curva, através dos pássaros que levantam vôo do confortável e rotineiro trilho.
A menina-bolha de água quer atravessar o buraco da fechadura. Então, escorre.
A menina espera em cima de um caco de chão.
O homem aproxima-se.
O homem cai no buraco armadilha.
A menina sente culpa, sem querer.
(Culpa é sempre sem querer)
O gol no olho, o ônibus no ponto, o objeto no desejo.
Olho, boca, unha, ventre.
Desenham.
Enviam.
Recebem.
O tempo todo - em todos os tempos, camadas de chuva em véu.
Ás vezes pode ser fatal.
Aí a menina pede desculpa.
Foi sem querer.
Foi?
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