desculpa por ontem. era essa sempre a melhor desculpa. o melhor motivo para uma aproximação, no mesmo lugar e horário. cada copo construindo a outra. desculpa, eu tava bêbada. foda-se, não importa, não precisa.
mas e aí o que sobra?
foi ficando necessário ir dormir sempre anestesiada pra só no outro dia sentir aquele enjôo na boca do estômago - arrepio na espinha, que só a melhor culpa causa. dormindo bêbada não construía memória. desculpa? desculpo. com memória seria levada a (re)pensar tudo e não(re)fazer as mesmas coisas. queria? desculpo.
um castelo disforme sendo construído sobre cacos e cascas da noite anterior.
um mistério. um mistério que só aparece nessas noites. toda noite no mesmo horário. um mistério cuja presença ela sentia antes mesmo de ver, sem precisar tanto.
sem mais, nem menos.
desculpa?
não precisa.
me desculpo.
2 comentários:
Desculpa é coisa que a gente sai pedindo pro mundo pra ver se acredita e bota pra dentro...
Mas toda ação alguma razão tem.
Não deixa isso aqui jogado, viu.
Nem tudo é passível de justificação. A questão são os corações alheios.
qual é o limite do seu delírio?
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