19.5.09

atuar

Ser a palavra.
Ser o desejo.
Ser a paisagem.

Ser tudo, sendo nada.

Corpo, copo, passagem.

5.5.09

Foi agora, bem de pouco que olhei teu olhar pela última vez.

Seria sério e triste se não fosse tão banal.
Pano na mão, limpeza no guarda-roupa, sessão memória.

Teu olhar me olhou outra vez, esse teu olhar de devorar tudo em volta.

O impulso antes da palavra, como de costume, e tu viraste mil pedacinhos nas minhas mãos.

Sobraram os dois olhos de gato.

Os olhos sempre sobram inteiros.
Gato caindo em pé.